quinta-feira, 2 de julho de 2009

Painel - Tratamentos


Aqui vai um resumo do que foi apresentado no painel de tratamentos

Pontos a se considerar sobre a insulina antes de sua administração:
Tempo de ação – tempo que ela leva para chegar à corrente sanguínea e começar a agir;
Pico de ação – hora em que ela está no seu ponto máximo em termos de redução da glicemia;
Duração – período que ela permanece no corpo, agindo

Insulinas Injetáveis
Quando a insulina foi disponibilizada, só existia a regular, de origem animal, que hoje também é obtida por meio de DNA recombinante
· Regular: Administração normalmente é subcutânea, mas em alguns casos pode ser intravenosa ou intramuscular. Sua ação é rápida.
· NPH: Ação intermediária. É a associação da insulina com a protamina, uma proteína retirada do testículo do salmão e que ajuda a retardar sua absorção
· Lenta e ultralenta: Associação da insulina com zinco, que participa da cristalização desta, retardando sua absorção. No caso da ultralenta, os cristais formados são maiores e, portanto, ela é a menos solúvel.
· Pré-misturada: A mistura mais comum é entre a insulina regular e a NPH. O grande problema desse tipo é a dificuldade em atingir o controle. É muito usada por aqueles que têm dificuldade ou prefere não administrar mais de um tipo de insulina.

Insulina inalável: Alternativa menos agressiva e muito eficaz para os diabéticos. O pó é rapidamente absorvido pelos alvéolos e 1mg corresponde a cerca de três unidades na seringa. Alguns problemas desse tipo de insulina são: ao longo do percurso respiratório há uma pequena perda de conteúdo, então uma maior quantidade deve ser utilizada; os pacientes que usam apresentam leve perda da função respiratória; ainda existem dúvidas sobre a quantidade a ser ministrada.

Análogos de insulina
A insulina é modificada em laboratório e dá origem a substâncias com poder de reduzir a glicemia.
· Ação rápida: Lispro, Aspart e Glulisina. A injeção é feita logo antes das refeições, o que permite ao paciente certa flexibilidade em seus horários. Pela pequena duração, o risco de ocorrência de hipoglicemia é menor.
· Ação prolongada: Glargina e Detemir. Sua ação é igual durante 24 horas, ou seja, não apresenta pico, o que é prejudicial após as refeições, já que nesses momentos a glicemia sofre aumento.

Antidiabéticos orais
· Sulfoniluréias e as Meglinitidas: são secretagogos de insulina e, como o próprio nome já diz, estimulam a secreção de insulina pelas células β do pâncreas.
· Biguanidas (Metfominas): inibem a gliconeogênese pelo fígado e melhoram a sensibilidade do organismo à insulina.
· Tiazolidinedionas (Glitazonas): são sensibilizadores de insulina, possibilitando aumento na captação de glicose em miócitos e adipócitos. Mecanismo de ação: estimulam receptores em células sensíveis à insulina, levando a um aumento na expressão de GLUT 1 (não dependente de insulina) e GLUT 4. Além disso, aumentam a glicogênese.
· Inibidores da α-glicosidase: Retardam a absorção de carboidratos pelo intestino, diminuindo a glicose circulante.

Transplantes
· Transplante de Ilhotas de Langerhans: as Ilhotas do doador são transplantadas na veia porta do receptor e por esse meio alcançarão o fígado. Lá, elas se ligarão aos vasos sanguíneos e começarão a secretar insulina. O transplante é feito no fígado porque, além de ser um bom alojamento para as ilhotas, seu acesso é muito mais fácil que o acesso ao pâncreas.
· Transplante de pâncreas: É um transplante duplo, pois rim e pâncreas são transplantados. É indicado para diabéticos tipo 1 que apresentam insuficiência renal originada pela doença. O rim funciona como uma espécie de marcador de rejeição, já que o pâncreas não possibilita essa medição.
· Transplante de células-tronco: Inicialmente o paciente passa por uma quimioterapia, na qual as células do sistema imune, que estão destruindo as células β do pâncreas, são destruídas. Depois são injetadas células-tronco do próprio paciente e espera-se que elas reconstituam tanto o sistema imune como as células pancreáticas.

Exercício
- Como a insulina, provoca aumento no número e na translocação de GLUT 4 para a membrana da célula. No entanto, os mecanismos de sinalização da insulina e da contração muscular são diferentes e, por essa razão, a translocação por meio do exercício ocorre sem problemas em pacientes resistentes à insulina;
- Promove aumento da sensibilidade do organismo à insulina;
- Atua no controle da massa corporal;
- Depois do exercício, o glicogênio utilizado deve ser ressintetizado e as enzimas ligadas à glicogênese ficam mais ativas, levando a uma diminuição da glicemia.
Obs.: As vantagens do exercício para diabéticos estão melhores explicadas no post “Benefícios da Atividade Física”, do dia 22 de junho de 2009.

Alimentação
- Como o exercício, auxilia no controle da massa corporal, evitando a obesidade;
- Uma dieta recomendada por profissionais ajuda na manutenção da glicemia.
Obs.: A relação da obesidade com o diabetes está melhor explicada no post "Obesidade x Diabetes", do dia 17 de junho de 2009.

Tratamentos alternativos
· Escorpião: Alguns estudos mostraram que o veneno do é capaz de promover a multiplicação das Ilhotas de Langerhans.
· Fitoterapia: A pata-de-vaca é a planta mais utilizada para esse fim. Acredita-se que ela tem papel do controle do diabetes, além de ser um agente diurético. Entretanto, ainda não há estudos que comprovem sua eficácia.

Diabetes insipidus
O tratamento do diabetes insipidus, que nada tem a ver com o diabetes mellitus, consiste no consumo constante de água, para que o organismo do paciente não fique desidratado e na utilização de um hormônio antidiurético, a desmopressina, que pode ser administrado por via intranasal, subcutânea, intramuscular ou intravenosa.

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